Por SíndicoNet*

Você já ouviu falar de bicicletário em condomínio? Todo mundo já sabe que as bikes ocupam cada vez mais o seu espaço e são um meio de transporte importante no plano de mobilidade das cidades. Por isso, a implementação desse espaço é uma tendência interessante, impulsionada pelo isolamento social e que se consolida principalmente nos grandes centros urbanos.

A ideia é simples: transformar os condomínios residenciais para receberem e abrigarem as bikes. Afinal, todos os anos, cresce o número de adeptos em todo o Brasil.. 

Para se ter uma ideia, um levantamento feito pelo SíndicoNet mostra que a busca por bicicletários em condomínios residenciais aumentou em 300%. Esse índice foi verificado entre o primeiro semestre de 2020 e o mesmo período de 2021. Por isso, esse fator se transformou em um ponto importante para a escolha do imóvel por parte dos inquilinos e moradores. 

O estudo confirma, ainda, que as buscas por carregadores elétricos também aumentaram, principalmente por conta do uso de bikes elétricas. Os dados são do CoteiBem, o marketplace para cotações de serviços de manutenção e gestão predial do SíndicoNet, com mais de 5 mil fornecedores catalogados e avaliados por milhares de síndicos e administradoras de condomínios em mais de 200 cidades do Brasil.

A questão é: como o bicicletário em condomínio funciona? O que é importante para ele se tornar funcional e como deve ser organizado? Neste post, você vai ver como o seu condomínio pode se adaptar a essa nova demanda. Que tal continuar lendo?

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O que é importante em um bicicletário?

Seja em um condomínio, seja em outro local, o primeiro passo para implementar um bicicletário é considerar a legislação em vigor. Além disso, você precisa verificar o espaço existente. Alguns prédios sem garagem fazem a instalação dessa estrutura no subsolo.

Também é importante avaliar os tipos de bicicletário e instalar aquele que for melhor. Considere a necessidade de acessibilidade e a facilidade de estacionamento.

Como funciona bicicletário em condomínio?

O bicicletário em condomínio é um espaço dedicado ao armazenamento das bikes dos moradores. Com esse ambiente, deixa-se de usar as vagas de garagem, as áreas comuns ou mesmo os apartamentos.

Qual a legislação para bicicletários

Em São Paulo, o Decreto 53.942/2013 estabelece que novos prédios comerciais e residenciais já devem ter o bicicletário em condomínio. De acordo com a legislação, até 10% das vagas de estacionamento devem ser reservadas para essa finalidade.

As regras para bicicletas também são definidas por esse decreto. Existem quatro pontos principais:

  • Garantia de acesso dos usuários ao bicicletário;
  • Localização em ambiente de fácil acesso, próximo da calçada e da rua;
  • Distância mínima de 0,75 m entre os suportes para as bicicletas;
  • Extensão de 1,80 m, no mínimo, com altura de 2 m ou mais.

Apesar do decreto ser claro, existem exceções. As regras para bicicletas não são válidas para:

  • Empreendimentos em locais em que o tráfego de bicicletas é proibido;
  • Condomínio sem área de estacionamento;
  • Prédios localizados no alinhamento das vias públicas, já que não têm área de acesso para estacionamento.

O destaque é a legislação de São Paulo, porque a maioria das cidades brasileiras não legisla sobre o assunto. Ainda assim, é possível saber como implementar o bicicletário em condomínio, já que é uma facilidade a mais para os moradores.

Nesses casos, o regimento interno do condomínio pode determinar algumas regras. Elas podem se referir à possibilidade de:

  • Usar a vaga na garagem para estacionar a bike;
  • Transportar a bicicleta no elevador (social e de carga);
  • Parar a bike em uma área comum ou nos corredores;
  • Transportar a bicicleta somente pela saída dos fundos;
  • Liberar o acesso do bicicletário apenas para moradores ou também para visitantes;
  • Ter áreas em que as crianças podem andar de bicicleta.

Novo estilo de vida

Outras iniciativas adotadas por condomínios residenciais também acompanham esse movimento que tem a mobilidade urbana como foco. Além dos espaços para bicicletas, alguns já possuem oficinas para reparos rápidos, além de depósitos privativos.

Aumento do uso de bicicletas

De acordo com a Aliança Bike, as vendas de bikes no primeiro semestre de 2021 tiveram aumento de 34% em comparação a 2020. Esse é um dado valioso, que revela que muitas pessoas decidiram comprar uma bicicleta nova. Isso também tem refletido na transformação dos condomínios residenciais para se adequar à nova realidade.

Doação de bicicletas abandonadas em condomínios

Outra leitura importante que deve ser levada em conta é que, nos bicicletários e garagens de condomínios, é comum encontrarmos bicicletas abandonadas por ex ou atuais moradores, e até mesmo notar algumas bikes paradas nos apartamentos.

Para solucionar esses casos, uma parceria entre o SíndicoNet e o Aromeiazero mobiliza síndicos, administradoras e moradores de condomínios de São Paulo para dar uma nova vida às bicicletas sem uso. Basta acessar o formulário do Aromeiazero, disponível no portal SíndicoNet. 

Tipos de bicicletário

Apesar da falta de espaço ser comum, é possível adaptá-lo às necessidades dos moradores. Isso porque existem diferentes tipos de bicicletário. Veja quais são os principais.

Bicicletário suspenso

Bicicletário suspenso

Também chamado de modelo de gancho, ocupa menos espaço e tem uma argola para passar o cadeado. Tanto é que permite armazenar até 10 bikes em cada metro.

Bicicletário de chão

Bicicletário no chão

É o modelo de roda, que ocupa mais espaço. Por outro lado, é acessível para crianças e idosos, além de facilitar o estacionamento das bicicletas. Cada um costuma ter 5 vagas.

Bicicletário de parede

Bicicletário de parede

É o bicicletário suspenso, já que os ganchos ficam instalados na parede. Assim, todas as bicicletas ficam na vertical. A desvantagem é que pode danificar o aro das bikes, sem contar que nem sempre é possível conseguir fazer o armazenamento, caso o veículo tenha um tamanho diferente do padrão.

Bicicletário U invertido

Bicicletário em U

Também é conhecido como semicírculo. É uma opção válida, já que traz estabilidade e segurança para as bicicletas.

Como montar um bicicletário em condomínio?

Depois de conferir a legislação, você deve executar os seguintes passos:

  • Discuta o assunto em assembleia para aprovação dos moradores. Assim, é possível saber se realmente existe essa necessidade e aprovar a iniciativa;
  • Escolha o suporte correto. Isso depende do orçamento disponível e dos moradores do seu condomínio. Caso o seu prédio fique no litoral, é importante fazer a galvanização, já que a estrutura é fabricada em aço carbono;
  • Defina as regras para bicicletas. Os moradores devem cumprir as diretrizes de uso, conforme estabelecido em assembleia. Além disso, é importante que o bicicletário seja mantido fechado com cadeado e monitorado por câmeras durante 24 horas do dia. Os condôminos podem ficar com a chave ou ela pode estar disponibilizada para portaria para aumentar o controle;
  • Faça manutenções periódicas, deixando todas as bicicletas cadastradas. O recadastramento deve ser realizado a cada seis meses. Nesse período, também deve ser verificada a necessidade de troca de lâmpadas, pintura e conserto de suportes.

Como organizar um bicicletário?

Além de saber como implementar esse recurso, você deve mantê-lo organizado. Afinal, nenhum morador vai querer usar se for uma bagunça, certo? Essa medida também evita confusões e furtos das bikes.

O ideal é que o porteiro seja responsável por tomar conta do local, se o bicicletário em condomínio ficar em um lugar fechado. Nesse caso, sempre que o morador quiser acessar o espaço, deverá retirar a chave e anotar qual é seu nome e número do apartamento.

Também vale a pena instalar tags nas bikes. Assim, elas ficam identificadas por unidade e bloco, quando houver. Esse recurso facilita o recadastramento e evita que o bicicletário seja transformado em um depósito.

Anúncios de imóveis com espaço para bicicleta cresce 15% em São Paulo

Um levantamento do QuintoAndar mostrou que o percentual de proprietários que destacam ter um espaço para guardar as bicicletas no imóvel cresceu 15% no segundo trimestre de 2021, em São Paulo, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Nos últimos anos, os paulistanos têm destacado mais essa característica nos anúncios. Se comparado a 2017, início do levantamento, o percentual de anúncios que citam ter esses locais praticamente quadruplicou, numa crescente, agora acelerada pelos novos hábitos gerados pela pandemia.

Bairros com mais bicicletários nos condomínios

O estudo do QuintoAndar mostra que entre os bairros paulistanos com maior percentual de anúncios que descrevem espaço para bicicletas estão: 

• Santa Cecília;

• Casa Verde;

• Jabaquara;

• Brooklin;

• Mandaqui;

• Bom Retiro;

• Pinheiros;

• Ermelino Matarazzo;

• Santana.

Que tal encontrar um condomínio com bicicletário?

Qualquer que seja a sua necessidade, o QuintoAndar tem a solução para você! É possível encontrar condomínios com esse espaço disponível em várias regiões do País. É só usar os mais de 70 filtros para facilitar a sua pesquisa.

Além disso, você aluga o seu imóvel sem necessidade de fiador, podendo contar também com as soluções do Caução QuintoAndar e Fiança Garantida. Assim, poderá encontrar o apartamento que sempre quis, com ou sem eletrodomésticos, em uma rua silenciosa, na cobertura ou com uma piscina privativa.

Tem interesse? Então, acesse o site e conheça as opções de imóveis do QuintoAndar. 

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(*) O SíndicoNet (https://www.sindiconet.com.br/) é a principal plataforma de conteúdo, tecnologia e serviços referência para síndicos, condomínios e administradoras condominiais do país. A companhia oferece também cursos de capacitação de síndicos e o portal ‘CoteiBem’, marketplace para cotação de serviços de todos os tipos para condomínios com mais de 5.000 fornecedores em mais de 200 cidades do país,cadastrados e avaliados por síndicos e administradoras de condomínios. Fundado em 1996, o SíndicoNet foi adquirido pelo QuintoAndar em 2020, mas mantém sua operação independente e focada em fortalecer o ecossistema condominial do país.  

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