A “jovem” Belo Horizonte, fundada em 1897, foi planejada para ser a capital do Estado de Minas Gerais – posto anteriormente ocupado por Ouro Preto – em uma região chamada Arraial Curral del Rei. De lá para cá, a cidade cresceu muito e entrou para a história da arquitetura mundial, por feito e obra de Oscar Niemeyer. Neste artigo, conjugando a pré-história, a modernização e a contemporaneidade, trazemos algumas das casas dos sonhos de BH, com projetos feitos não apenas pelo maior arquiteto da história brasileira, mas também por alguns talentos da cidade que já há alguns anos despontam na nova geração. Conheça as casas dos sonhos de Belo Horizonte.

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Oscar Niemeyer e Belo Horizonte

Foto que ilustra matérias sobre casas dos sonhos de BH mostra o fim de tarde no Conjunto Arquitetônico da Pampulha
Final da tarde no Conjunto Arquitetônico da Pampulha (Foto: Shutterstock)

Belo Horizonte nasceu para ser uma capital, assim como Brasília. Mas o principal ponto de convergência entre as duas cidades não está ligado à razão pela qual ambas foram criadas, mas sim à figura de Oscar Niemeyer. 

A antes de fazer a dobradinha com Lúcio Costa para projetar Brasília, o arquiteto carioca já havia deixado o Brasil de boca aberta ao assinar, na década de 1940, sob a administração do então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek e toques paisagísticos de Roberto Burle Marx, a criação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

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Casas dos sonhos de BH: Históricas

Para começar a mostrar as casas dos sonhos de Belo Horizonte, nada melhor do que trazer as obras mais antigas da cidade. Em especial duas assinadas por Niemeyer na orla da Pampulha e uma que existe, e está preservada até hoje, desde antes de BH virar BH. 

Casa Kubitschek

Sede, desde 2013, do Museu Casa Kubitschek (MCK), parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, essa casa modernista foi construída em 1943 para ser residência de fim de semana do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, à época ainda prefeito de Belo Horizonte, entre (1940 e 1945). 

Projetada por Oscar Niemeyer, a casa é considerada um marco da arquitetura moderna da década de 1940. Em um terreno de cerca de 3 mil m², na orla da Lagoa da Pampulha, a casa é cercada por um exuberante jardim planejado pelo paisagista Roberto Burle Marx.

Casa do Baile

Inaugurada também em 1943, e também com a assinatura de Oscar Niemeyer, a Casa do Baile nunca foi destinada a fins residenciais, como a Casa Kubitschek. Mas sua beleza arquitetônica às margens da Lagoa da Pampulha merece destaque em qualquer lista de casas dos sonhos de Belo Horizonte. 

Localizada em uma ilha artificial na lagoa, e ligada à orla por uma pequena ponte de concreto, a Casa do Baile foi construída para abrigar um pequeno restaurante dançante, com um salão de mesas, pista de dança, cozinhas e banheiros. Para garantir sua preservação, desde 2002 o espaço funciona como Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, vinculado à Fundação Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura. 

Atualmente, a Casa do Baile produz e abriga exposições, publicações, mostras, seminários, encontros e ações educativas.

Museu Histórico Abílio Barreto

Construído em 1883, 14 anos antes da inauguração de Belo Horizonte, este casarão era a sede da Fazenda do Leitão, que tinha esse nome por conta de seu proprietário Domingos Gomes Leitão e é uma das poucas construções remanescentes do Arraial Curral del Rei, onde então nova Capital Mineira foi planejada, apesar de ter sido desocupada em 1894, nas desapropriações feitas na época do planejamento da cidade.

Como Belo Horizonte foi planejada dentro dos limites da Avenida do Contorno, o casarão, que se encontrava às margens da via, permaneceu intacto até a década de 1940, quando a região, hoje o bairro Cidade Jardim, começou a ser urbanizada. E na mesma época, mais precisamente em 1943, o belo casarão passou a abrigar o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), por iniciativa de Abílio Barreto, historiador de Belo Horizonte, que trabalhava como organizador do Arquivo Geral da Prefeitura.

Casas dos sonhos de BH: Contemporâneas

Conheça, agora, dois projetos de alguns dos principais escritórios de arquitetura de Belo Horizonte: Lanza Arquitetos e Play Arquitetura.

Casa nas Mangabeiras I

Construída em um terreno de declive muito acentuado, a Casa nas Mangabeiras I precisou ser erguida sobre um grande bloco de concreto, com o objetivo de privilegiar a belíssima vista da cidade de Belo Horizonte, que pode ser apreciada de todos os seus espaços internos. 

Localizada em um terreno de 3.600 m², a casa tem 1.500 m² de área construída. Teve seu projeto iniciado em 2001 e a obra foi concluída em 2003. 

Casa Viga

Construída em 2018, a Casa Viga está localizada em um condomínio em Nova Lima, município vizinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, a 20 minutos da Capital Mineira. A casa, mais precisamente, está localizada em um lugar chamado Morro do Chapéu. 

Feita em um terreno em declive de 2 mil m², a casa tem 708 m² de área construída, no centro do lote, e aproveitou parte de uma estrutura já existente de concreto, com fundação, lajes de piso e pilares. 

O projeto é do escritório Play Arquitetura, fundado em 2008 pelo arquiteto Marcelo Alvarenga, que em 2012 ganhou como sócia a arquiteta Juliana Figueiró. 

A casa tem por característica os amplos espaços internos. E uma área social rodeada por uma grande varanda, com área de churrasqueira adjacente à cozinha da casa em uma de suas extremidades.

Casas dos sonhos em BH: procure a sua no QuintoAndar

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