A proximidade da cidade de São Paulo e a própria autossuficiência econômica local faz com que o Grande ABC tenha um mercado de aluguel de imóveis cada vez mais aquecido. Mas além desses, há um outro grande atrativo na região: ofertas mais baratas pra quem procura um novo lar. De acordo com um levantamento feito pelo QuintoAndar pro jornal Diário do Grande ABC, morar em um apartamento de dois dormitórios em Santo André, São Bernardo do Campo ou em São Caetano do Sul pode ser até 41% mais barato do que morar na Capital Paulista.
A pesquisa do QuintoAndar leva em consideração imóveis similares, de dois dormitórios e com área máxima de 70 m², nas cidades em questão – as três do Grande ABC e a Capital Paulista. E trata de valores referentes a contratos fechados no ano de 2019.
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Comparativo entre o Grande ABC e São Paulo
De acordo com o estudo publicado pelo Diário do Grande ABC, alugar um apartamento com essas características em São Caetano do Sul pode significar uma economia de 24% no valor médio. Em Santo André, esse valor chega a 32% e em São Bernardo do Campo é ainda maior: 41%. Todas as opções foram comparadas com imóveis de características semelhantes localizados em bairros centrais de São Paulo. Com a ressalva de que, dependendo das moradias, o valor pode variar.
Em um aprofundamento do estudo, foi feita uma comparação entre um imóvel de São Caetano do Sul e um similar no Ipiranga, bairro de São Paulo que fica praticamente ao lado da cidade do Grande ABC. De acordo com o levantamento, o aluguel de um apartamento com uma área apenas 8 m² maior na Capital Paulista fica R$ 390 mais caro.
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Aumento no volume de buscas
Segundo Flávia Mussalem, gerente regional do QuintoAndar, na comparação entre janeiro e dezembro de 2019, houve aumento de 43% no volume nas buscas por imóveis no Grande ABC.
“É uma região bastante procurada, também por conta da economia, já que o aluguel representa uma das principais despesas das famílias. Além do aumento de 43% no volume de buscas em 2019, dobraram as opções na região. Com isso, mais do que triplicamos o número de imóveis alugados no Grande ABC”, disse Flávia, ao Diário do Grande ABC.
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Influência da localização
O professor Sandro Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, aponta como uma das razões dos valores mais baixos a localização das cidades da região, pela proximidade da Capital.
“O proprietário que aluga precisa de um retorno no valor do imóvel, que aqui (região) já é mais barato do que na Capital. Uma outra questão é que a demanda ainda é menor se comparada com São Paulo, onde já se tem uma grande concentração de pessoas. Muita gente trabalha lá e quer morar perto do trabalho, então a saída acaba sendo o Grande ABC”, afirmou Sandro ao jornal.
Mercado aquecido
O aquecimento do mercado de aluguéis, segundo outra matéria recente do Diário do Grande ABC, caminha junto com a volta dos lançamentos de imóveis na região. De acordo o jornal, de janeiro a junho do ano passado foram anunciados 1.062 apartamentos novos, o dobro do mesmo período em 2018. E segundo o professor Sandro Maskio, o crescimento na locação também é positivo pra região.
Dados do QuintoAndar mostram que os imóveis de Santo André listados na plataforma possuem média de 36 visitas marcadas por dia. Já em São Caetano do Sul, são 19 visitas diárias, enquanto São Bernardo do Campo registra 39.
“Com mais locações aqui (no Grande ABC) você melhora primeiro a renda dos proprietários do imóvel e, muito mais importante, aumenta o número de famílias na região. Isso acaba aquecendo os setores de comércio e serviços. Com a expansão imobiliária, a demanda é bastante grande por estes setores, que vêm crescendo na região, assim como observamos o aumento no número de restaurantes, apesar do fechamento de alguns”, comentou o professor Sandro Maskio.
Diadema
Apesar de ainda não haver planos para uma expansão maior na região, já que o QuintoAndar pretende consolidar sua presença nas cidades que já atende, a plataforma chegou em Diadema no mês de setembro passado. E desde então registrou um aumento nas buscas pela cidade de 50%, com média de quatro visitas marcadas por dia.
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