O Mercado Central de Belo Horizonte é apenas 31 anos mais jovem do que a própria cidade, que foi construída no final do Século 19 para ser a capital de Minas Gerais, em substituição à histórica Ouro Preto. E com quase um século de tradição, o lugar é, ao mesmo tempo, uma das principais atrações turísticas da cidade e um dos pontos mais queridos pelos belorizontinos. 

Neste artigo, vamos te contar um pouco sobre a história e o funcionamento do Mercado Central de Belo Horizonte. Para você entender o porquê de ser um dos lugares mais amados pelos mineiros. 

Infelizmente, não temos como fazer você sentir os cheiros e sabores do Mercado Central. Mas quem sabe você não fica com um pouco de água na boca, não é mesmo?

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Paisagem da janela

Morar nas redondezas é viver o Mercado Central de Belo Horizonte praticamente no dia a dia. E esse é o caso da atriz Lili Diniz. 

Nascida no Maranhão, ela se mudou para a Capital Mineira em 1973 e, após idas e vindas morando em outras cidades, desde 2014 tem o hábito de acordar e ver um dos pontos mais queridos de BH do alto da janela de seu apartamento no 17º andar de um prédio próximo. 

Lili Diniz

Atriz e vizinha do Mercado Central de Belo Horizonte

“Vou lembrar o Lô Borges na canção ‘Paisagem da Janela’, do Clube da Esquina, que muitos conhecem como ‘janela lateral do quarto de dormir’. Hoje eu tenho o privilégio de abrir não só a janela do meu quarto, mas também do meu coração para ver diante dos meus olhos o majestoso Mercado Central, onde se encontram todos os sabores e cheiros não só das Minas Gerais, mas do Brasil inteiro. Ali tem a comida, ali é local de encontros de amigos, de amores e de muita felicidade. Além de frequentar, da minha janela eu vejo pessoas entrarem e saírem desse lugar tão abençoado por Deus, onde tem gente do mundo inteiro”.

Foto mostra uma vista do alto do Mercado Central de Belo Horizonte, onde aparecem uma das laterais e toda a cobertura do estabelecimento.
A vista do Mercado Central de Belo Horizonte pela janela de Lili Diniz (Foto: Raphael Crespo)

História do Mercado Central de Belo Horizonte

Fundada em 1897, a então nova capital de Minas Gerais tinha apenas 47 mil habitantes quando, em 1929, o prefeito da época Cristiano Machado decidiu reunir em um único local o abastecimento da população. Em um terreno de 22 lotes e com uma área de 14 mil m2, próximo à Praça Raul Soares, nascia o Mercado Central de Belo Horizonte, com diversas barracas ao ar livre, que eram cercadas por carroças que transportavam os produtos. 

Em 1964, o então prefeito Jorge Carone, alegando que a cidade não tinha como administrar a feira, decidiu colocar o terreno à venda. Mas os comerciantes se organizaram em cooperativa e compraram o imóvel da Prefeitura, com a condição de que construiriam um galpão fechado e coberto dentro de cinco anos, sob a pena de o terreno precisar ser devolvido em caso de não cumprimento do prazo. 

Quando faltavam apenas duas semanas para o fim do prazo, a obra de fechamento ainda não estava pronta. E por uma iniciativa dos irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, que decidiram investir no projeto, quatro construtoras foram contratadas e o Mercado Central foi concluído a tempo.

De lá para cá, o Mercado Central de Belo Horizonte se tornou não apenas um dos principais pontos turísticos da cidade, mas também um dos maiores motivos de orgulho dos belo-horizontinos.

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O que encontrar no Mercado Central

Com o passar das décadas, e com uma participação ativa da cooperativa de comerciantes, o Mercado Central foi crescendo e ampliando suas atividades, deixando de ser apenas um local de abastecimento de produtos alimentícios e foi abrindo espaço para lojas de artesanato, restaurantes e bares de comidas típicas, entre diversos outros segmentos. 

Após mais de 90 anos de sua fundação, o Mercado Central de Belo Horizonte conta hoje com mais de 400 lojas espalhadas por seus corredores concêntricos e atrai milhares de visitantes diários, tanto da Capital Mineira quanto do resto do Brasil e do mundo. 

Entre os principais segmentos do Mercado Central estão ainda as lojas de produtos alimentícios, como laticínios – em especial os queijos, que são um capítulo à parte –, açougues, legumes, frutas, verduras, pimentas, temperos e condimentos, cereais, entre outros.

Foto que ilustra matéria sobre o Mercado Central de Belo Horizonte mostra pimentas de diversas cores, em especial vermelhas, amarelas e verdes.
O colorido das pimentas de diferentes níveis de ardência (Foto: Raphael Crespo)

Lojas de artesanato e de utensílios para casa também estão entre as várias unidades do espaço, assim como outras de dezenas de diferentes segmentos.

Comerciantes amigos

Lili Diniz conta que tem o hábito de ir ao Mercado Central de três a quatro dias por semana, para comprar carne, queijo e verduras. E de tanto frequentar as mesmas lojas, já é conhecida pelo nome junto aos comerciantes.

Lili Diniz

Atriz e vizinha do Mercado Central de Belo Horizonte

“Todos os dias tem verduras fresquinhas no Mercado Central. E eu já tenho os lugares que eu frequento e chamo as pessoas pelo nome. Chego na Dona Beatriz e ela já sabe que eu vou buscar alface ou couve. Se eu não tenho dinheiro trocado e estou sem cartão, ela já me diz: ‘não tem problema, volta aqui e paga depois’. Onde eu compro a carne é do mesmo jeito. Tem lugares que eu chego e se eu tiver dinheiro eu trago. Mas se eu não tiver eu trago do mesmo jeito. Porque todo mundo lá já me conhece”.

Clique aqui ou na imagem abaixo e veja um mapa interativo de todas as lojas do Mercado Central de Belo Horizonte:

Mapa dos corredores o Mercado Central de Belo Horizonte

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Queijo Minas

Como já falamos por aqui, as lojas de laticínios estão entre as principais e mais numerosas do Mercado Central. Também, pudera, o queijo é um dos principais produtos das Minas Gerais e uma verdadeira obsessão, no bom sentido, dos mineiros. 

São mais de 25 lojas que vendem o famoso queijo minas, além de diversos outros tipos, de diferentes lugares do Estado, em especial regiões como a Serra da Canastra e do Serro.

Culinária Mineira

O Mercado Central conta com restaurantes onde são servidos pratos típicos da cozinha de Minas Gerais, como, entre outros:

  • Feijão tropeiro
  • Frango com quiabo
  • Frango ao molho pardo
  • Tutu
  • Feijoada

Ponto de encontro nos bares

Nos diversos corredores do Mercado Central, em especial os das entradas laterais, há diversos bares que são os pontos de encontro dos belo-horizontinos, que cultivam o hábito de beber uma cervejinha de pé ao lado dos estreitos balcões, enquanto saboreiam alguns dos melhores petiscos da culinária mineira, como:

  • Fígado acebolado com jiló
  • Pernil acebolado com jiló
  • Torresmo
  • Linguiças
  • Almôndegas
  • Chouriço

Melhores dias para ir ao Mercado Central

A vizinha Lili Diniz conta que frequenta o Mercado Central nos dias úteis, pois prefere evitar o lugar nos sábados, domingos e feriados.

Lili Diniz

Atriz e vizinha do Mercado Central de Belo Horizonte

“Eu costumo falar o seguinte: quem é vizinho do Mercado Central não deve ir nos finais de semana. Porque nós devemos deixar o espaço para os nossos visitantes de fora. Até porque, ir aos sábados, por exemplo, é mais para quem não conhece Belo Horizonte, mesmo, porque fica muito cheio”.

Funcionamento do Mercado Central de Belo Horizonte

Endereço: Av. Augusto de Lima, 744 – Centro
Horários: Segunda a sábado, das 8h às 18h. Domingo e feriados, das 8h às 13h.
Telefones: (31) 3274-9434 / 3274-9497
Entrada: Gratuita
Estacionamento: Diariamente, das 8h às 22h.

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More próximo do mercado que está no coração dos mineiros

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