Nada que é óbvio, ou que remeta ao óbvio, interessa ao escritor, jornalista e podcaster Chico Felitti. Da criação incomum recebida dos pais andarilhos, viajando entre a África e as Américas do Norte e do Sul, ao caminho profissional que se confunde – meio combinado, meio por acaso – com um pouco de vida pessoal, o inusitado é o que provoca e move a curiosidade desse paulista de Jundiaí.

No Centro de São Paulo, Chico morou em três edifícios famosos - três elementos marcantes da cidade, seja para arquitetos, turistas ou apenas curiosos pelos elementos urbanísticos da cidade: além do Copan, famoso cenário de cinema, tv, publicidade, projetado por Oscar Niemeyer, vida e trabalho levaram-no a morar nos em dois edifícios dos concebidos pelo arquiteto Artacho Jurado, o Viadutos e o Planalto, este conhecido pela imensa estrutura no topo, semelhante à uma nave extraterrestre, ambos no bairro da Bela Vista, a menos de 300 metros um do outro.

Viver no Centro, ou na suas cercanias, conhecer seus meandros e personagens, sempre de olhos e ouvidos abertos e atentos, conduziu Chico à aventura de escrever “Ricardo e Vânia - O maquiador, a garota de programa, o silicone e uma história de amor”, sobre a história de vida do artista pejorativamente chamado de Fofão da Augusta. Outra aventura foi escrever a biografia de Elke Maravilha, devidamente intitulada Elke: Mulher Maravilha: o repórter bateu na porta do apartamento da modelo, atriz e personalidade de TV, no Leme, Rio de Janeiro, e pediu uma entrevista.

Morador de um apartamento de arquitetura inusitada no bairro de Santa Cecília, Chico Felitti prefere o transporte público para ir até outros pontos de São Paulo, e as caminhadas para transitar nos limites de um dos bairros mais antigos e - dizem - boêmios da cidade. É andando pela região que ele escuta o burburinho e capta ideias, pautas e histórias.