Em meio aos impressionantes arranha-céus, um dos motivos da Região Central de São Paulo atrair tantos moradores é o fato de concentrar uma ampla diversidade de serviços. E foi pensando também na possibilidade de fazer tudo a pé que o arquiteto Felipe Rezende e seu companheiro Thales Polis, que é médico infectologista, decidiram morar no bairro da Consolação. A convite do blog Histórias de Casa, eles compartilharam um pouco mais sobre mudança, reforma de casa e a vida deles em uma das áreas mais tradicionais da Capital Paulista.

Morando na Consolação em São Paulo

Antes de mudarem para a Consolação, eles já estavam familiarizados com a região. Isso porque Felipe, que é nascido e criado na capital, trabalha em um escritório pela área, e Thales, que mora em São Paulo desde 2015, já vivia na Bela Vista. O trabalho dele também fica perto dali, no Hospital Emílio Ribas.

Diante da possibilidade de estarem mais próximos aos locais de trabalhos, Felipe e Thales decidiram pesquisar por imóveis no bairro da Consolação, já que o convívio na área despertou para as facilidades da região.

“Nós temos um ambiente democrático de estabelecimentos que vão dos mais simples e familiares aos mais refinados e cools”, revela o casal.

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QuintoAndar no radar

Foram seis meses de busca online e muitas visitas até decidirem pelo bairro. Mas quando encontraram o imóvel de 63 m2 na Consolação, com aquela ajuda dos filtros do QuintoAndar, eles já sabiam que seria o apartamento que iriam morar com o bon vivant e mal humorado cachorrinho Fidel. 

Fidel (Foto: @_felco)

“É muito importante fazer o exercício de entender nossas reais necessidades e iniciar a busca pautada nisso”, Felipe dá a dica. “O QuintoAndar te dá a possibilidade de visualizar uma gama enorme de imóveis e isso traz segurança da escolha correta”.

Ele conta ainda que um dos diferenciais essenciais seriam espaços internos com boas janelas para aproveitar a iluminação e ventilação naturais, além de acabamentos neutros que facilitassem a entrada da decoração.

Também por conta desse quesito, outra sugestão do arquiteto fica por conta da hora de agendar a visitação do imóvel. 

“É importante visitar o ambiente em horários diferentes do dia. Sempre vale um fim de tarde quase noite para entender o cenário”, afirma Felipe.

Um quarto bem iluminado (Foto: @_felco)

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Reforma de casa sem burocracia

Após decidirem pelo apê, eles contam que o processo de mudança foi simples e rápido: “O proprietário sempre muito presente e solícito, empoderou as funções de otimização da burocracia do QuintoAndar”.

Atraídos também pelos acabamentos originais da construção do prédio no imóvel, eles tiveram a ideia de fazer apenas alguns reparos. Uma reforma de casa para modernizar, mas sem descaracterizar. 

“Fizemos uma melhoria no lavabo, restauro dos pisos e todo o processo se deu via aplicativo do QuintoAndar, sem nenhuma dificuldade”, revela Felipe.

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Apartamento na Consolação

Além dos aspectos modernistas do prédio, o que conquistou os dois foi a possibilidade de morar no Centro tendo os ares de uma cidade tranquila, sem abrir mão da vista cosmopolita. É que as amplas janelas do apê, do teto ao chão, mesclam o cenário do espigão da Av. Paulista com parte da área verde da região.

“O ambiente muda de acordo com o horário do dia, às vezes parece uma metrópole, como durante a noite, e pela manhã parece uma cidade de interior, onde temos os pássaros e árvores da Antônio Carlos, além de uma baita iluminação e ventilação natural constante”, descreve Felipe .

Mudando o layout do apê

Para Felipe e Thales, era fundamental que um espaço do apê fosse voltado especialmente para receber os amigos. Por conta disso, eles modificaram sem a necessidade de reformas a proposta do layout do apê, que antes era caracterizado por dois quartos e uma sala de estar.

“O segundo quarto virou nossa sala de TV e o quarto do Fidel, enquanto a sala, que deveria ser de uso misto, se tornou o centro da casa com uma bela mesa de jantar que já rendeu muitas boas reuniões e conversas”, conta Thales.

A mesa que é o centro das atenções na sala (Foto: @_felco)

Além de modernizar alguns ambientes, como a troca da pia do lavabo, eles optaram por preservar a cor original na pintura das paredes e porcelanas. Mas não esperavam que, durante o processo, teriam divertidas coincidências.

“Tivemos que trocar a válvula da descarga e ao quebrarmos a parede vimos que o azulejo original era exatamente da mesma cor que havíamos escolhido para o banheiro”, conta Felipe. 

A mesma cor do lavabo foi utilizada para a parede do fundo da cozinha e o mesmo tom do piso da cozinha para as demais paredes.

Detalhes da cozinha (Foto: @_felco)

Valorizando os ângulos

Thales acrescenta que aprendeu com o Felipe a apreciar os ambientes fazendo o exercício de entender que, às vezes, mais do que uma reforma de casa, apenas uma boa tinta e um restauro de piso tornam aquele ambiente “sem expectativas” em um belo lar.

Dessa forma, o arquiteto revela algumas das inspirações práticas que eles utilizaram para compor o apartamento, como:

  • Aproveitar efeitos de amplitude utilizando móveis baixos
  • Unir ambientes através de cores e objetos decorativos
  • Reduzir ao máximo os contrastes de cores

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Outra ideia de decoração surgiu do intuito de “criar um eixo central para colocar todas as obras de arte na parede, valorizando o ângulo de visão”, comenta Felipe.

Modernismo brasileiro

A integração das referências artísticas na casa é contada ainda por diversas influências do modernismo brasileiro – movimento artístico, cultural e literário marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922. Mesmo porque grande parte do acervo deles data desse período.

“Nossa primeira obra adquirida foi uma aquarela do Burle Marx que está na sala com uma moldura de pau ferro, nossa madeira favorita”, revela Felipe. Obras de Tarsila do Amaral, Roberto Burle Marx, Di Cavalcanti e outros artistas renomados preenchem a casa sob um olhar cuidadoso.

Uma das maiores paixões de Felipe e Thales, além da arte indígena, é colecionar e misturar artistas novos e consagrados, aproveitando cada escolha para pendurar os quadros com muito amor. 

“Cada aquisição traz consigo muito cuidado, restauro, escolha da moldura certa (que desenhamos, por muitas vezes) e a decisão de onde colocar a obra no espaço”, comenta Thales.

As obras favoritas do Felipe são o guache do Di Cavalcanti, um estudo de tapeçaria, e a paisagem da Tarsila, feita em técnica mista de têmpera, caneta colorida e guache. Já o Thales gosta da pintura acrílica do quarto, que é do Burle Marx, e dos 4 nanquins da Tarsila que ocupam a sala de TV.

Mas atualmente Thales também estampa as paredes da própria sala, depois de Felipe praticamente resgatar 12 fotografias que o companheiro registrou durante uma viagem a um projeto humanitário no interior do Maranhão, quando ainda estava na faculdade.

Acervo familiar

E, ainda nessa ótica do movimento, que prezava pela valorização da cultura cotidiana brasileira, Thales e Felipe preservam no dia a dia as memórias familiares. Segundo eles, todos os móveis têm história e muita importância para o casal. 

Junto a outros xodós, como a poltrona baixa garimpada em antiquário e as cadeiras da modernista Lina Bo Bardi (de quem são fãs), estão o aparador desenhado pelos dois, os bancos de madeira feitos pelo pai do Felipe e os móveis de metal, pelo tio.

Peças artesanais (Foto: @_felco)

Além da “ostra”, luminária queridinha dos dois, outros objetos ganham um brilho especial no lar, como o kit de compassos herdados pelos avós dos dois, o martelo feito pelo avô do Felipe, o canivete feito bisavô do Thales, a planta da cidade natal do Thales (Araraquara) desenhada pelo seu bisavô, e outros itens que vieram das casas dos pais.

“A gente se completa nos gostos, mas no fim gostamos mesmo da história das coisas e de como elas foram adquiridas. Nada vale, ao nosso ver, comprar por comprar em situações rotineiras”, finaliza o casal.

Morar na Consolação é um sonho tanto para paulistanos quanto para quem chega na cidade

Muitas pessoas têm o desejo de morar na Consolação, em São Paulo. E depois de ver um pouco sobre o bairro pelos olhos de Felipe e Thales, a vontade até cresce, não é, mesmo?

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